O que podemos propor como um caminho para estabelecer uma ação afetiva e efetiva que nos ajude no compromisso de ser discípulos e missionários, entusiastas da mensagem evangélica e da vivência fraternal com os irmãos é o empenho de se dispor a uma formação permanente da fé.
A formação permanente da fé não é uma receita de bolo, que misturando todos os ingredientes certos faremos de nossos encontros, retiros, pastorais e movimentos um oásis de formação humana e cristã; seria fácil se assim o fosse. O nosso desafio é grandioso, mas o caminho do discipulado do Senhor nos abraça em comunhão com uma verdadeira família que é a Igreja de Cristo; portanto, a grande chave para que a mensagem de Jesus possa surtir efeito e encontrar uma terra fértil é uma abertura pessoal ao seu desígnio de amor. Dar uma resposta egoísta nos assemelhará ao jovem rico, ele não teve a audácia de largar seu cântaro e seguir o Mestre.
Nenhuma formação, seja teológica, humana ou pedagógica, surtirá efeito em nossas vidas se o seguimento de Jesus for comprometido por um sim pela metade. Ele nos quer como somos, nos olha como olhou para a samaritana, é o bom pastor para todos e diz: “bem-aventurados os pobres de espírito”, esse é o Mestre que fundou a Igreja e que te chama a ser um discípulo dele, não apenas um escravo, mas um amigo:
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando. Já não vos chamo escravos, porque o escravo não sabe o que faz o senhor. Eu vos chamo amigos porque vos dei a conhecer tudo que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi (Jo 15,13-16).
O Senhor nos escolheu, nos chamou pelo nome e nos fez participantes do seu amor e de sua vontade e nos envia como enviou São Paulo:
Mas o Senhor lhe disse: ”Vai, porque este homem é um instrumento que eu escolhi para levar meu nome diante das nações, dos reis e dos israelitas” (Jo 9,15).
A mensagem de Jesus a Ananias dizendo que Paulo é um instrumento que Ele, o Senhor, escolheu deve ser acolhida por cada um de nós; sim, somos seus instrumentos, não importa qual o seu papel na Igreja ou em que estágio você se encontra na formação e no discipulado. Siga com audácia os ensinamentos dos apóstolos e da esposa amada de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Vamos juntos de mãos unidas e coração contrito, nos caminhos da Igreja.
Livro: Nos caminhos da Igreja
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