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Redação

Fé em quem? Fé em Jesus Cristo

Frei Hipólito Martendal, OFM


O anúncio do anjo, seu nascimento, a apresentação no Templo aos oito dias de idade, a fuga para o Egito e a volta são acontecimentos registrados de sua infância. Segue-se longo período sem notícias até o incidente de seu extravio durante uma peregrinação a Jerusalém e o reencontro no Templo, quando contava doze anos. Nada mais se fala sobre o personagem mais importante da história por um tempo ainda mais longo. Jesus tem por volta de trinta anos quando começa sua missão de pregar o Reino de Deus. Só a partir daí Ele começa a aparecer com algum destaque. Cabe observar que pessoas que nascem de famílias pobres, crescem em aldeias da periferia, por mais que sejam importantes naquelas pequenas circunstâncias, de modo geral não têm condições de se destacarem no mundo maior em qualquer época.


Mesmo já homem adulto, Jesus está defasado do desenvolvimento normal dos seus concidadãos, pois com sua idade todos os homens estão casados e, provavelmente, com vários filhos, morando em casa própria. Lá está Ele, na Galileia, província ao norte da Palestina. É uma região semipagã, desprezada pelos judeus puros da Judeia. Lembremos que Nicodemos num debate no Sinédrio é chamado à atenção pelo sumo sacerdote que deveria estudar mais, pois “...da Galileia não surgem profetas” (Jo 7,50 53). Lembremos, também, que Jesus mora na minúscula Nazaré, sem boa fama sequer na Galileia. Isto justifica a pergunta de Natanael, ao saber que Jesus era de Nazaré: “Pode de Nazaré vir alguma coisa boa?” (Jo 1,46). Jesus fala o dialeto dos galileus, ou seja, o aramaico, com fortes características da região. Até seu nome Jesus, nada tem que o recomende ao povo, pois trata-se de um nome comum.


Jesus havia passado perto de três anos em sua função de pregador ambulante e da sistemática cura de doentes, com alguns milagres extraordinários: cura de aleijados, de cegos de nascença, leprosos e três ressurreições de mortos. Isso lhe deu visibilidade, colocando-o no centro das atenções em toda Palestina. Até Herodes se preocupa e quer conhecer esse homem extraordinário. Mas sua prisão e execução bárbara na cruz, em uma Jerusalém inflada pela presença de muitos milhares de peregrinos de toda a parte, deve ter sido o acontecimento mais comentado em muito tempo. Por esta razão, Cléofas, no caminho de Emaús, diz a Jesus: “Tu és decerto o único homem de passagem por Jerusalém a ignorar o que se passou nesses dias” (Lc 24,18).

 

Sobre a obra:


A Doutrina Católica nos apresenta os pontos essenciais e indispensáveis para o cristão assumir-se como discípulo de Jesus e dar seu testemunho. O Caminho da Fé nos desperta, nos reergue e acorda o sagrado para a escuta da fala audível do mistério que dorme no fundo de nós mesmos. Traz para o visível carnal o invisível espiritual e nos aproxima, de um modo bem explicativo, do mistério. Tudo isto podemos perceber na leitura, estudo e reflexão desta obra, que inspira a melhorar o jeito de aprofundar a nossa fé para continuar o sonho de Jesus, transformar o mundo em Reino de Deus.


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