A alma é "força movente, força vital". Para Anselm Grün, a alma está relacionada à interioridade, ao pressentimento interior de que nós somos mais do que este corpo. Ela nos eleva acima do mundo cotidiano e nos dá refúgio quando sentimos a insensibilidade da sociedade em que vivemos. Trata-se do mais íntimo, do mais profundo e do mais precioso que temos.

No prefácio, o autor explica o livro:
Neste diálogo queremos perseguir o mistério da alma, assim como o encontramos na Bíblia, na tradição espiritual, na poética, na psicologia profunda, no trabalho psicoterapêutico e nas experiências concretas de nossa vida. Com este intuito, vamos também penetrar sempre na dinâmica e na força que são próprias da alma.
A linguagem sempre soube que não se daria bem sem a palavra alma. A linguagem é cheia de sabedoria. Paul Celan disse certa vez que não existia linguagem sem fé, nem fé sem linguagem. Não podemos mudar arbitrariamente a linguagem, ou criar uma nova a partir da mesa de trabalho.
A linguagem é plena de sabedoria e fé. Queremos, pois, frequentar a escola da linguagem e aprender o que ela nos diz sobre a alma, o que nos ensina sobre o mistério de nossa própria vida.
Foi empolgante para nós dois – para o terapeuta Wunibald Müller e para o monge Anselm Grün – travar um diálogo entre nós sobre a alma e beneficiar-nos nesta troca de ideias com sempre novos aspectos da alma. Pudemos fazer a experiência que, na troca de ideias sobre a alma, a alma entre nós começou a vibrar, que a alma não vive só em nós, mas também entre pessoas que entram numa permuta viva entre si. De tal forma que aquele que sente sua alma pode também sentir a do outro.
Possa este diálogo também introduzir a leitora e o leitor num diálogo interior conosco e abrir-lhes os olhos para o mistério de sua alma e de sua vida e para o mistério de Deus que como dizem os místicos– mora no chão de nossa alma e lá faz brilhar o esplendor original de nosso verdadeiro si-mesmo. Possa ele encorajá-los a confiar em sua alma, entregar-se à sua orientação a fim de tornar fecunda para sua vida a força que dela sai.
Agradecemos ao senhor Jochen Barth por valiosas sugestões. Mas agradecemos sobretudo ao senhor Winfried Nonhoff, da Kösel-Verlag, que sugeriu este diálogo e de modo tão insistente que nossa alma pegou fogo e nós pusemos mãos à obra.
Anselm Grün Wunibald Mülle
👇 Leia o capítulo degustação:
Kommentit